segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Broadcasting yourself: não tem por que não fazermos algo a respeito


Fala moçada! Muito prazer, aqui quem vos escreve é Otávio Nuñez. Acho desnecessárias apresentações no estilo RG porque imagino que constam no meu perfil ao lado, mas acredito que esboçar aqui algumas idéias sobre o blog Set the World on Fire (SWF) será uma forma mais interessante de introdução, tanto da obra quanto do autor.

Leio desde pequeno, o que talvez tenha se revelado compulsivo às vezes. Não, não sou desses que varam madrugadas devorando livros um atrás do outro, preenchendo prateleiras em poucas semanas, tornando-me, conseqüentemente, figura bem quista entre aqueles que fazem da feitura de móveis sua profissão. Confesso, porém, que sofro de gula literária ainda que não tão, hum... voraz, digamos. Contudo essa fome de livros por enquanto não passa de uma biblioteca imaginária com uma plaquinha de “coisas que eu já devia ter lido”. Ainda assim, por vezes deparo-me com observações jocosas de amigos apresentando minhas manias literárias ao vivo enquanto flagram-me lendo um cardápio de lanchonete mesmo após ter feito o pedido, a despeito da mesa cheia de colegas. Isso - ainda bem - não é tão grave a ponto de implorar ao garçom que não retire o menu até que termine pelo menos a seção de cervejas, ao menos por hora... De qualquer forma, há algum tempo comecei a escrever resenhas de CDs motivado pelo blog de um camarada meu (www.fromheretoeternity.zip.net muito legal!) e por interessantes aulas de redação no cursinho, além do fato de que a simples leitura possa agir como criadouro de idéias, algumas para o bem, outras para o lixo...

Provavelmente não farei de meus comentários, muitas vezes herméticos demais para serem julgados sãos, um meio de vida - ainda mais se tratando de resenhas, crônicas, diários ou o que mais me ocorrer - mas não é mesmo essa a idéia. A proposta é a discussão, a busca pela pertinência de comentários, quem sabe um pedantismo e prolixidade sarcasticamente edificados (ou não), enquanto digito minhas impressões sobre uma obra de que provavelmente gostei. “Provavelmente gostei”, está aí a confissão da falta de imparcialidade, pessoalidade, sendo esta, por que não, um campo interessantemente fértil de discussões. Afinal, tal qual numa sagrada mesa de bar, não é assim que fomentamos conversas acaloradas, sarcásticas, animadas, tolas ­- entre outros adjetivos desejáveis - com os amigos?

Assim, com o incentivo da midiatização gratuita da internet - temos de aproveitar mesmo! -, resolvi criar o blog sob a razão social Set the World on Fire tendo como objeto social ou ainda o “intento fantasia” de expressar minhas idéias, levar a sério o lema do “Broadcast yourself”, slogan do You Tube, e poder, quiçá, contar com posts bacanas de amigos e partes interessadas. “Objeto social”? Sim! Imagino que apesar de não ter mentido acima, ajo como uma empresa que expõe sua “missão”, seus ideais a fim de enobrecer sua existência vinculada de fato à inadmitida fome de lucro. Em vista disso admito: a real idéia do SWF está, obviamente não no lucro, mas na economia com psicólogos. Não sei até que ponto a vida acadêmica comunicativa me influencia nisso, ou se trata simplesmente da mera humanidade (essa deve pesar mais), mas escrever, e por extensão me comunicar, é quase imperativo, uma terapia assim como o é tocar bateria, ouvir música, praticar esportes, ler, rir dos outros e de mim mesmo, curtir com os amigos e a família dentre todas as coisas oferecidas pela vida, pelos milênios de civilização, para vivermos melhor. Sim, originalmente, o SWF é um outro modo de me sentir bem e ainda vejo nobreza nessa idéia, assim como a vejo em outros blogs e trabalhos de amigos e colegas.

Sem mais delongas, seja bem-vindo para ler, comentar, rir, abominar, concordar, discordar e o que mais a web nos permite com nossas projeções digitais! Muito obrigado pela visita, divirta-se e um abraço!

Otávio Nuñez

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